Na lógica atual, o professor é um servidor que atua na escola, a qual é uma instituição com missão de serviço público.Mas não se pode desvincular o ser profissional do ser humano.Desta forma, o professor além de ser um profissional precisa ser humano, não no sentido genético, mas no sentido de trazer para o seu fazer pedagógico a sua educação, sua personalidade, seus valores, suas emoções e seus desejos.
Só o conhecimento que o professor tem e quer ensinar já não é o suficiente, pois dominar o conhecimento que vai ser ensinado é evidentemente necessário, mas não é garantia de que o aluno irá aprender, por isso não basta mais apenas saber e declarar o conhecimento é preciso ter um comprometimento com o saber ensinar não apenas no sentido do professor saber fazer e sim de saber fazer com que os alunos façam, pois ensinar é criar situações de trabalho e aprendizagem. O professor deve atender às expectativas dos alunos, no que diz respeito a sua formação, para isso acontecer ele precisa estar alicerçado nos saberes de sua área. Queremos ter alunos críticos, questionadores, que sejam cidadãos do mundo no sentido de que não pertençam a uma nação, á um grupo étnico, mas a humanidade, voltados para a "criação" de uma nova ordem mundial, e o trabalho docente precisa deste olhar.
Neste sentido, o papel do professor passa a ser fundamental no avanço construtivo do aluno, pois é ele quem capta as necessidades do mesmo e o que a educação pode lhe proporcionar. Assim, as atividades pedagógicas devem centrar-se na compreensão do real para que sejam valorizadas as potencialidades que poderão surgir mediante a estimulação, visto que ensinar consiste em compartilhar saberes. E como já dizia Aristóteles, só se sabe realmente alguma coisa quando se consegue ensiná-la e quando o outro consegue efetivamente apreendê-la.